segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Reflexão sobre o estágio - Eixo IX
Querida amiga, sei que está voltando do primeiro mundo e que os avanços da educação na Europa são significativos, principalmente no que se refere ao uso do computador como ferramenta pedagógica.
Aqui em Cachoeirinha estamos iniciando uma caminhada com o uso desta ferramenta como meio de auxiliar o professor a tornar a informação significativa. Na escola que leciono temos um laboratório de informática onde, semanalmente, levamos os alunos e sei que cada vez mais devemos incentivar a busca por novas informações, por inserir o aluno na multimídia o que é uma demanda da sociedade atual.
Conforme Emília Ferreiro (2002, p.57): "o mais urgente é iniciar as crianças no teclado... a escrita nos tempos modernos é feita com as duas mãos e com caracteres separados."
Amiga, como Ferreiro sugere, estou iniciando os alunos na escrita e reescrita de suas ideias, vivências e perspectivas. Sabes o quanto o uso das tecnologias está disseminado na educação podendo causar um grande impacto e mudanças significativas no processo ensino-aprendizagem. O professor que puder utilizar o computador como instrumento e propor desafios significativos aos educandos através de uso de aplicativos como: processador de textos, pesquisas, ou uso do blog que favoreça a aprendizagem construtiva a partir de suas próprias ações mentais ou interpessoais está favorecendo a elaboração do seu conhecimento para apresentar a solução da situação-problema.
O computador facilita a realização de atividades, principalmente aquelas voltadas à escrita, pois permite que elas sejam visualizadas no monitor. Simultaneamente, permite aos alunos a interatividade com seus pares, mediados pelo professor. Dessa forma, a utilização do computador como instrumento didático viabiliza o processo ensino-aprendizagem e possibilita a evolução da escrita dos alunos através das interações realizadas por eles virtualmente no blog.
Meu trabalho tem a finalidade de observar a construção de conhecimento da leitura e escrita dos alunos do quinto ano através das interações sociais e mediações realizadas na escrita no papel e virtualmente.
Segundo Sonia Freire (2006,p.76):
"Parte-se da compreensão de que escrever é uma aventura... Escrever é comprometer-se intelectualmente; é assumir antes um compromisso consigo mesmo diante do que se sabe sobre o assunto, sobre aquilo que se acredita, sobre aquilo que forma o seu conjunto de valores e concepções de mundo."
Os alunos embarcaram nesta aventura no estágio e foram além, perdendo o receio de escrever, pois a escrita requer muita dedicação, desejo de ser compreendido e de interagir com o outro.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Arquiteturas Pedagógicas para Educação a Distância- Eixo 8
Estou em busca de autores que sustentem meu quadro teórico no TCC e relendo o texto Arquiteturas Pedagógicas para e educação a distância percebi que a riqueza de ideias que as autoras Marie Jane Soares Carvalho, Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de Menezes ( 2005) fazendo o viés da importância do uso telemático sustentado pelos pensamentos construtivistas de Piaget e a pedagogia da pergunta de Freire que educar para a incerteza implicará em:
Educar para transformar informações em conhecimento;
É o que tento provar durante todo o meu trabalho que não basta ter acesso as informações, que devemos interpretar, relacionar e comparar informações na busca de interações e intervenções significativas de conhecimento.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Revisitando Alfabetização e Letramento
No ensino de português é fundamental três tipos de atividades ligadas respectivamente aos fenômenos da fala, da escrita, e da leitura. São três realidades diferentes da vida de uma língua, que estão intimamente ligadas em sua essência, mas têm uma realização própria e independente nos usos de uma língua. Se uma criança escreve leiti, penti, denti, não está cometendo um erro por distração, mas transportando para a escrita sua percepção da fala. Todos os professores alfabetizadores e das séries iniciais deveriam estudar lingüística para melhor entender os “erros” e veriam muitas escritas, como escritas da fala...
Após a alfabetização o sujeito deveria entrar no mundo do letramento, ou seja, fazer uso da leitura e da escrita em contextos diferentes. Deveria ler um jornal e entender com clareza o conteúdo da reportagem, saber fazer uso de dicionários para tirar dúvidas na escrita e significado das palavras, criar poesias, interpretar bulas, receitas, procurar endereços e números em guias telefônicos...mas o que acontece hoje é que a escola não dá conta do letramento de seus alunos porque está ensinando português de forma errada dando ênfase a ortografia, gênero, grau e número dos substantivos, verbos...
Aprendi no PEAD nas interdisciplinas de Alfabetização e Linguagem que a escola deveria ensinar os alunos a ler lendo e a escrever escrevendo!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Filosofia da Educação Eixo 6
Para que a exigência que Auschwitz não se repita devemos bucar metodologias em que o aluno ultrapasse o papel de mero receptor, de escuta, de repetidor fiel das informações. O aluno deve ser incentivado para ser crítico, criativo e pesquisador para buscar conhecimento. Em sintonia professores e alunos precisam construir um processo de auto-organização para acessar a informação, refletir, analisar e elaborar com autonomia o conhecimento.
Os docentes do século XXI devem contemplar dois focos em suas práticas pedagógicas: contribuir para para a construção de conhecimento compatível com o desenvolvimento tecnológico contemporâneo e formar para a cidadania, como agente histórico e transformador da sociedade.
Então, cabe à escola promover situações de aprendizagem com uma formação humanística compatível com as demandas do mundo globalizado.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Linguagem e Educação- Eixo 7
Segundo Vidal Silveira (2005) o que importa, neste espaço, é pontuar o fato de que considerar os textos escritos como resultado de um processo de aquisição dos mecanismos da língua escrita pela criança, com uma especial ênfase nas questões da grafia, e, como corolário desse entendimento, respeitar o texto da criança, não o tornando um mero objeto preferencial de correções, tornou-se uma das "verdades pedagógicas" correntes. Também uma especial atenção passou a ser dada à "escolarização da redação", ou seja: a antiga redação passou a ser vista como uma prática de produção textual muito restrita em seus fins comunicativos efetivos; ela passou a ser vista como "descolada" das condições habituais de produção de textos escritos, em que um enunciador escreve, com um objetivo pragmático (de ação), para um interlocutor. Buscar mimetizar as situações que propiciam um caráter de interlocução à produção do texto escrito, através da socialização das produções escritas dos alunos, da produção de livros, cartas a serem trocadas, etc., tem sido outra direção dos esforços pedagógicos de abordagem da produção textual.
Estou no TCC analisando o blog tentando mostrar os esforços pedagógicos que os professores vem realizando com os alunos no sentido de de socializar seus textos, onde os colegas da turma podem comentar o que leram e deixar recados positivos. Isso alimenta a produção de sentido dos textos dos alunos . O uso do computador e suas ferramentas propricia ao aluno uma interatividade que o mundo de hoje exige que professores e educandos na busca de c9nhecimento.
Segundo Piaget quanto maior a interação com o ambiente, quanto mais rica do ponto de vista das trocas verbais e outras formas de comunicação, mais possibilidades tem o indivíduo de desenvolver o raciocínio e a linguagem.