segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Gestão democrática na e da escola: concepções e vivências

Em uma perspectiva democrática toda a comunidade em torno da escola escolhe seu Diretor e Vice através do voto. Todos os segmentos da escola participam desta votação: pais, professores, funcionários, alunos maiores de dez anos. Existem assembléias com representantes dos segmentos da escola e Conselho Escolar para elencar as prioridades da dimensão financeira, projetos que envolvam a comunidade a serem desenvolvidos no decorrer do ano letivo na escola.
Acredito ser os projetos de aprendizagem um dos elementos que liga todas as dimensões da instituição (financeira, administrativa e pedagógica) porque bons projetos e que envolvam interesses da comunidade local melhoram as relações dos pais com a escola.
Na escola municipal tenho uma carga horária de 20 horas semanais trabalhamos com projetos de aprendizagem, temos horas de estudos quinzenais e planejamento sistematizado. O projeto político pedagógico é revisto a cada três anos, ao final de cada trimestre é feito um parecer descritivo do aluno com as ações realizadas pelo professor e cada setor da escola. A escola oferece no turno inverso projetos onde os alunos podem inscrever-se gratuitamente como: coral, brinquedolândia, segundo tempo. Temos repasse de verbas municipal trimestral e federal anualmente.
No município quando temos alguma dúvida ou questionamento podemos consultar o Conselho Municipal de Educação. Há poucos dias fizemos uma consulta sobre um aluno com um laudo do psiquiatra que quando se ausenta da escola, deverá ter as faltas justificadas. Outra consulta que fizemos é o numero máximo de alunos numa turma de inclusão.
Na escola estadual tenho uma carga horária de 22 horas semanais, trabalhamos com listagem de conteúdos, a listagem foi revista em 2006, não temos horas de estudos, e o planejamento faz-se sem uma periodicidade determinada. Ao final de cada trimestre os alunos recebem uma nota que somando os três trimestres deverá somar 60 pontos ou mais. As duas escolas são organizadas por série, localizam-se no mesmo bairro da cidade de Cachoeirinha. Tenho de cumprir nas duas escolas duzentos dias letivos, oitocentas horas anuais. Lei estas estabelecidas no âmbito federal.
Na minha opinião é competência do sistema estadual viabilizar a construção de novas escolas públicas, verificar a oferta e procura de vagas nas escolas estaduais. Lamento que não fossem definidos os níveis prioritários de atuação dos estados.
Ainda estamos longe de os sistemas trabalharem parceria, um exemplo disto, é a mãe de um aluno meu que têm quatro filhos e cada um está matriculado numa escola diferente e longe de casa. Os sistemas municipais, estaduais deveriam de fato trabalhar lado a lado, em parceria, assim ocorrendo menos discrepâncias no acesso a escola, na forma de desenvolver as disciplinas, e no sistema de avaliação.
...”A participação de todos os componentes da comunidade escolar nos processos decisórios e a existência de um amplo processo de informação em que todos tenham conhecimento do ocorre no interior da instituição e nas suas relações externas.” Percebo nas duas escolas a diferença de participação da família, numa é evidente a participação na gestão porque a escola está sempre aberta para ouvir os pais nas assembléias, nos eventos, reuniões de avaliação. Na outra escola poucos participam da escola vão somente a reuniões de avaliação e alguns pais participam do Conselho Escolar.


Referências Citadas:
Hora, Dinair Leal da Democracia, Educação e Gestão Educacional na Sociedade Brasileira Contemporânea.

Um comentário:

Portfólio da Daiane Almada disse...

Olá Adriana. Boas reflexões. Vamos em frente nas construções, Beijos Dai