quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Apresentação do Poster

No dia primeiro de dezembro fizemos as apresentações dos posteres para o fechamento da disciplina de EJA. Nosso grupo um composto pelas alunas: Adriana,Liege,Elisangela,Sabrina e Jaqueline entrevistou sete professores que atuam com alunos de EJA. O que o nosso grupo percebeu é visões muito diferenciadas dos alunos dependendo de cada professor. Também observamos a importância de um planejamento diferenciado que atenda as reais necessidades destes alunos.
Ao ouvir as apresentações dos outros grupos que entrevistaram professores que atuam com EJA, achei muito interessante o relato do grupo 2 e 3, onde colegas do PEAD que atuam na EJA colocaram que os alunos aceitam propostas diferenciadas de aprendizagem e se envolvem no processo apesar de todas as dificuldades encontradas para estudarem à noite.
A professora Denise em seu pertinente comentário sobre os três grupos disse da relevância do professor de EJA acolher com carisma e afetividade o educando e quanto isso pode garantir um ano letivo sem desistências ou fracassos. E se os professores do ensino regular tivessem um pouco mais de afetividade com seus alunos, talvez não chegassem a EJA tantos adolescentes oriundos do fracasso ou evasão do ensino regular.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Análise do plano de Aula de Linguagem- Consciência Negra

1.Para o planejamento, você escolheu um tema a ser desenvolvido. Qual é a importância deste tema para os seus alunos, isto é, para o grupo para quem planejou, no dia de hoje? É um tema de que os alunos precisam hoje para resolver algum problema concreto? Para satisfazer alguma curiosidade? Este tema escolhido é importantíssimo, pois resgata a identidade, os valores de uma das etnias que formou a população brasileira os afro-descendentes, que foi muito discriminada no passado no nosso país e que luta pelos seus direitos até os dias de hoje.

2.Qual a relevância do tema escolhido para os alunos no futuro? Em que o tema vai contribuir para a vida dos alunos? O tema poderá ajudar os alunos a serem sujeitos que no futuro se relacionem bem com todas as pessoas, que escolham suas amizades pelo caráter do sujeito e não pela sua cor, percebendo talvez uma educação que valorize o respeito ao próximo e as diferenças.

3. Qual é o acesso que os seus alunos têm ao tema? O que eles já sabem sobre o tema? Onde o tema aparece no cotidiano dos alunos? O que pode motivá-los a trabalhar com este tema?
A diversidade de etnias aparece no cotidiano de nossas turmas. Percebo que os alunos afro-descendentes são muitas vezes deixados de lado na escola por não pertencerem ao padrão de beleza que mostra a mídia. Noto também que algumas meninas brancas não se entrosam com as meninas afro-descendentes porque não as acham inteligentes, às vezes não querendo fazer trabalho em grupo com elas. A ideia que traz a história de uma menina brasileira se comunicar com um menino africano através de um telefone de lata aproxima as duas etnias promovendo curiosidade e também a vontade de conhecer melhor este povo.

4. De que forma esta atividade planejada se relaciona com outras disciplinas além da linguagem? Quais são elas? Esta atividade planejada se relaciona com os temas transversais que são: ética, pluralidade cultural e orientação sexual. As disciplinas que se relacionam são História e Geografia.

5. O tema escolhido poderia ser um tema desencadeador para desenvolver um projeto mais amplo e interdisciplinar? Seguindo as etapas como os projetos são desenvolvidos, o que você teria que fazer antes de explorar o tema da forma prevista? E o que você teria que fazer depois?

Claro que este tema poderia ser o desencadeador de um projeto mais amplo, principalmente porque contempla os temas transversais. Anteriormente teria que trabalhar sobre o motivo que os povos africanos chegaram ao Brasil, a vida culturalmente complexa na África desde antes da mercantilização e escravidão. Depois teria que trabalhar sobre os mecanismos de resistência desenvolvidos pelos africanos escravizados e seus descendentes e as maneiras criativas de sobrevivência na sociedade escravocrata e nos quilombos. A escola deve fazer pensar: O que significou a experiência da escravidão para a população de índios e negros?

6.Agora, imagine um encontro seu com os pedagogos Célestin Freinet e Maria Montessori. Quais sugestões Freinet daria a você para desenvolver este projeto? E quais ideias teria Maria Montessori?
Adoraria conhecer Celestin Freinet e com certeza ele me daria como sugestão trabalhar com a imprensa escolar dos textos dos alunos contando sobre a vida no Brasil e com a correspondência inter- escolar onde os alunos vão se corresponder com os alunos das outra turmas de 4º ano contando suas aprendizagens sobre os afro-descendentes demonstrando uma pedagogia mais cooperativa. É claro que antes eu irei conversar com as professoras das outras turmas de 4º ano para ver quem será a dupla de cada aluno.
Maria Montessori me daria como ideia criar histórias matemáticas sobre os afro-descendentes e usar como recurso para resolvê-los o multi- base ou material dourado.

Bibliografia: Temas Transversais- PCN- volume 10

Aqui estou analisando o plano de aula que realizei na disciplina de Linguagem e Educação. E postei no dia 15/11/09 no Blog. As seis perguntas foram elaboradas pela professora Caroline da disciplina de Didática, eu respondi e achei interessante colocar no Blog, pois as perguntas ampliam meu trabalho de Linguagem e aprofundam meu planejamento segundo os teóricos Freinet e Maria Montessori. Escrevi esta parte de cor diferente porque estou explicando o propósito de minha postagem.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

As instituições sabem ensinar os surdos?

Em nossa sociedade temos muitas dificuldades em aceitar o que foge dos padrões, o diferente pode ser considerado anormal. Vivemos num mundo de muitos preconceitos onde os idosos não são respeitados pelos jovens, onde os afro-descendentes lutam até hoje para serem respeitados e terem os mesmos direitos dos brancos.
Não seria diferente em relação a comunidade surda onde o planejamento das atividades muitas vezes são realizadas por ouvintes e portanto não consegue utilizar a melhor maneira de aprimorar o conhecimento, a linguagem dos sinais levou mais de cem anos para ser respeitada como uma forma adequada de aprendizado.
O filósofo existencialista Jean Paul Sartre diz: “o importante não é o que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós” Sartre chama atenção para a capacidade do ser humano se aprimorar, superando por exemplo, uma educação que não valoriza o respeito ao próximo e as “diferenças”.
As escolas devem combater o preconceito racial, e a toda e qualquer tipo de discriminação com os sujeitos surdos ou ouvintes. Não estamos na escola apenas para transmitir conhecimentos e sim sermos solidários, aprendermos a cooperar, a dividir nosso conhecimento, ampliar nossa bagagem cultural convivendo e respeitando as diferenças de todos os sujeitos.

domingo, 15 de novembro de 2009

Consciência Negra

A professora usará um telefone de lata para chamar a atenção dos alunos para a comunicação entre Luci personagem brasileira e Xhosa menino africano que mora na Namíbia . Após os alunos perceberem que escutamos o que o outro diz no telefone de lata, a professora contará a história e mostrará cartazes com as ilustrações do livro. A menina Luci atira um telefone de lata no telhado, um tempo depois começa a se comunicar com Xhosa um menino africano que conta a ela como vivem os africanos, seus hábitos,costumes, suas histórias... Luci passa então, a se interessar pelo continente africano e começa juntamente com seus pais(Ilda e Luiz) a pesquisar sobre a sagrada mãe África.

2) Produção textual: Os alunos produziram uma história coletiva para o menino Xhosa como é viver no Brasil, o que as crianças gostam de brincar, o que fazem nas horas de folga, como estudam nas escolas, o que aprendem, que animais temos aqui...

2.1) objetivos: Produzir um texto coletivo para comunicar-se com o menino africano;
Ler o texto para os colegas para que cada grupo compreenda o que contou e corrija coletivamente as ideias;

2.2) organização da turma:Em grupos de cinco alunos;

2.3) organização dos materiais:Folhas pautadas,lápis, borracha...
2.4) desenvolvimento:Cada grupo escreverá para o menino africano como é viver no Brasil e após apresentarão para os colegas seu texto para que os grupos entendam o que cada grupo escreveu;

3) Jogo: Jogo de provérbios folclóricos ( brasileiros e africanos)

3.1) objetivos:Compreender que as frases são cadeias linguísticas, compostas por sequencias de palavras, através das quais transmitimos nosso pensamentos

3.2) organização da turma: Em grupos cada grupo receberá um provérbio em um cartão;

3.3)desenvolvimento: O professor lê um provérbio africano”Quem brinca com cão levanta-se com pulgas”(provérbio da Ilha de São Tomé), separando oralmente cada palavra da frase. Após os alunos lerão seus provérbios contando o número de palavras que compõe cada cartão.

4) Sistematização:

4.1) objetivos: Identificar os adjetivos no grupo de palavras;
Conceituar adjetivos juntamente com os colegas e a professora;

4.2) organização da turma: Em grupos de cinco alunos;

4.3) organização dos materiais:Cada grupo receberá fichas com um grupo de palavras;

4.4) desenvolvimento: Cada grupo receberá uma ficha com um conjunto de palavras e deverá descobrir qual é a palavra intrometida:

mesa,velho,livro,cadeira
africano,ferro,sofá,porta maravilhoso



escova,caneta,porta,brasileira
óculos,africano,pente,escova


Perguntas realizadas pela professora:

a)O que as palavras intrometidas de cada grupo africano, brasileira, velho e maravilhoso têm em comum?

b) Estas palavras dão qualidade a que? A quem?

c) Como podemos construir juntos uma regra para estas palavras?

sábado, 7 de novembro de 2009

Centro de Interesse ou Pedagogia de Projetos?

O trabalho por projetos é desafiador porque possibilita os alunos a aprenderem a partir de suas hipóteses ou problemas esta questão é importantíssima permitindo ao educador partir dos conhecimentos ou dúvidas que os alunos trazem a cerca do conteúdo a serem estudados. Como a organização dos projetos de trabalho busca a concepção de globalização as matérias não ficam isoladas, acontecendo a relação entre conteúdos e áreas do conhecimento oportunizando ao aluno um maior interesse em aprender e uma significação maior tornando o estudante mais consciente de seu processo de aprendizagem.

Percebo diferenças entre a pedagogia de projetos na educação infantil e nos anos iniciais. A principal diferença é que na educação infantil o trabalho é mais voltado para o centro de interesse tentando favorecer o conhecimento dos alunos, porém induzindo seus interesses para um conteúdo que faça parte do currículo a ser estudado.
Nos anos iniciais os professores buscam a globalização do conhecimento e os docentes procuram organizar os conteúdos numa sequencia lógica de ideias.
Em minha escola tanto a educação infantil como os anos iniciais trabalham por centro de interesses porque o tema escolhido faz parte do currículo a ser trabalhado e os professores costumam apresentarem o material a serem estudados e decidem a sequência da matéria e a relação entre as diversas fontes de informação.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Cantando e aprendendo na Feira do Livro - POA


Meus alunos do Coral "Arco-Íris da Alegria" foram na Feira do Livro - Poa para cantarem e aprenderem com a autora Lenice Gomes. Antes de irmos à feira contei suas históras a eles, os alunos tiveram encontro com a autora no palco, passearam pela feira, compraram livros... Letramento é também deixar a sala de aula e proporcionar às crianças oportunidade de contato direto com o livro e seus autores. Feira do Livro é um show de cultura e aprendizado!

Feira do Livro - Poa


Fomos assistir hoje a autora Lecine Gomes, moradora da cidade de Olinda-PE, pesquisadora do folclore brasileiro, criadora de vinte e dois livros de literatura infantil. Suas obras privilegiam as adivinhações, as parlendas, as rodas cantadas. Enfim, toda a cultura oral passada de geração em geração... Nos dias de hoje com o computador, a internet, celular estão conquistando nossas crianças e adolescentes, mas não podemos esquecer a importância das histórias contadas, da brincadeira com a palavra e da linguagem oral que deve ser valorizada em todas as regiões do Brasil.

sábado, 17 de outubro de 2009

Aprecie a beleza das orquídeas




Diálogo em libras

O vídeo mostra três mulheres conversando em língua de sinais.
inicia a conversa entre4 duas delas, sobre um filme. Então, outra moça chega e é conhecida de uma delas.
Ao as apresentar comenta que as duas têm o mesmo nome. Chamam-se Carolina.
Cada uma das duas mostra o gesto que corresponde ao seu nome. A moça que apresentou as outras duas as convida para beberem algo em um barzinho.
Uma aceita, mas a moça que chegou por último olha o horário no celular e diz que não pode, pois precisa ir.Então, sugere deixar para outro dia.
Despede-se e uma vai para um lado e as outras duas para o outro.

Filme: "Meu nome é Jonas"

Assisti juntamente com duas colegas do PEAD, o filme "Meu nome é Jonas" que conta a história de um menino surdo que ficou internado numa instituição para deficientes mentais por um erro de diagnóstico dos médicos da época. Este erro impossibilitou que Jonas precocemente aprendesse os sinais comuns das famílias de crianças não ouvintes.
Quando Jonas ingressa na primeira escola, a mesma utulizava um método tradicional que acreditava que o menino não pensava, que só aprenderia através da repetição.Não permitia em hipótese alguma o uso de sinais. Mesmo com a insistência da mãe, a direção da escola não mudou sua postura e modo de pensar, ignorando as crianças que conseguiam aprender por sua metodologia.
A sociedade da época era muito ignorante. não conseguiam lidar com o menino( inclusive o pai) que verbalizou que preferia ver o filho internado numa instituição. Os vizinhos tinham a ideia que o menino não deveria sair de casa ficando evidente no episódio da bicicleta.
Nos dias de hoje está um pouco melhor, mas não mudou tanto assim. As pessoas têm preconceito, mas não deixam tão explícito. Crianças com problemas não são mais institucionalizadas, o que não atrasa seu desenvolvimento de linguagem. As escolas já estão melhor preparadas ( as específicas para surdos) mas o ideal seria que TODAS escolas regulares estivessem condições de receber alunos surdos.

domingo, 27 de setembro de 2009

Currículo Integrado

A filosofia do "Taylorismo" propunha uma divisão social, onde as pessoas eram divididas em grupos distintos. Algumas pessoas passam a ser as que pensam e decidem e as outras obedecem e executam as tarefas.
O sistema de trabalho no "Fordismo" se dá através da organização e distribuição de tarefas sem a necessidade de conhecimento do todo do sistema de produção. As linhas de montagem são uma segmentação de todos os mecanismos que fazem parte da fabricação.
Os operários e operárias tanto no "Taylorismo" como no "Fordismo foram treinados para executarem tarefas muti concretas e fáceis. O "Fordismo" é uma fliosofia onde o menos importante são as pessoas, suas necessidades, interesses, não dando oportundade para osujeito desenvolver autonomia e independência.
As novas necessidades das economias tornam-se mais flexíveis precisando de pessoas com determinadas habilidades, competências para se adequarem as novas expectativas de mercado. Neste sentido a escola deve modernizar-se propondo um ensino mais interdisciplinar, participativo, buscando uma maior interação comunidade/escola.
Em minha opinião um dos principais compromissos da educação é formar cidadãos críticos e solidários para exercerem a democracia e contribuirem para uma sociedade mais humana que respeita o ritmo do sujeito, suas hablilidades, competências promovendo e valorizando a diversidade cultural.

A universalização do ensino fundamental

A universalização do ensino fundamental, até por sua história, abre caminho para que mais cidadãos possam se apropriar de conhecimentos avançados tão necessários para a consolidação das pessoas mais solidárias e de países mais autônomos e democráticos. Num mercado de trabalho onde a exigência de ensino médio vai se impondo, a necessidade de ensino fundamental é uma verdadeira corrida contra um tempo de exclusão não mais tolerável.
A função equalizadora da EJA vai dar cobertura a trabalhadores e a tantos outros segmentos sociais como donas de casa, migrantes, aposentados, encarcerados. A reentrada no sistema educacional dos que tiveram uma interrupção forçada seja pela repetência ou pela evasão, seja pelas desiguais oportunidades de permanência ou de condições adversas, deve ser saudada como uma reparação corretiva, ainda que tardia de estruturas arcaícas, possibilitando aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços de estética e na abertura de canais de participação. Para tanto, são necessárias, mais vagas para estes "novos" e "novas" demantes de uma nova oportunidade de equalização.
Não se pode considerar a EJA apenas como um processo inicial de alfabetização. "A EJA busca formar e incentivar o leitor de livros e das múltiplas linguagens visuais juntamente com as dimensões do trabalho e cidadania." (CEB - págs. 9, 10)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Aula Presencial de Libras

A aula presencial de libras foi muito interessante porque a professora e a tradutora tinham uma sincronia incrível.
Aprendi que a pessoa que não participa de comunidade surda, mesmo sendo surda é considerada deficiente auditiva. A pessoa deve se perceber e aceitar ser surda!! Muito importante isto.
Tenho um aluno com deficiência auditiva neste ano. Ingressou na escola em março. É um aluno que evoluiu muito na aprendizagem, pois chegou na escola com histórico escolar para terceira série mas sem estar alfabetizado. Algumas mudanças tive realizar na minha prática para que ele pudesse interagir mais como colocá-lo sempre na frente, ler em voz alta as atividades propostas,enviar atividades extras para os pais trabalharem em casa com ele, conversar com os pais para buscar ajuda com fonoaudióloga e psicopedagoga...Estamos sempre planejando e revendo nossa metodologia para aprimorar a forma de atingir o educando.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Contribuições de Comênio

Encontro muitos elementos da didática de Comênio em meu cotidiano escolar. A principal delas é o respeito à capacidade de compreensão do aluno. Atuo no turno da manhã com os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, no laboratório de aprendizagem tenho que partir do que o sujeito sabe e tem facilidade de aprender para depois chegar ao conhecimento que ele ainda necessita de auxílio e intervenção do professor.
No planejamento de minhas aulas, para a terceira série que atuo no turno da tarde, procuro mesclar atividades que exijam menor e maior concentração das crianças. Planejo músicas para ensinar a tabuada, alguns conteúdos de ciências, jogos para aprender as quatro operações, memória para fixar conteúdos de português... Assim, acho que não sobrecarrego minhas aulas e estou cuidando da motivação de meu aluno.
No laboratório de aprendizagem que atuo pela manhã minha primeira preocupação é construir um vínculo como aluno para depois partir para o resgate de conhecimento. Com minha terceira série promovo algumas brincadeiras que ajudam na interação aluno-aluno e relação professor-aluno cuidando assim do bom relacionamento de todos.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pela Marca conhecem você

Hoje tivemos aula presencial de Didática e EJA( Educação de Jovens e Adultos). Conversamos sobre as marcas que cada um de nós traz na sua trajetória em educação.
Minha principal marca foi que após ter sido mãe, pude compreender melhor a relação de afetividade que deve se estabelecer entre professor-aluno.
Dialogamos sobre as marcas que queremos deixar em nossos alunos (Didática) e as marcas que os alunos de EJA ( Educação de Jovens e Adultos) trazem de seu fracasso escolar ou sua falta de acesso ao ensino regular.
Algo que procuro deixar em meus alunos é o gosto pela leitura, pela arte e pela música por isso trabalho com meus alunos a arte de contar histórias, desenhar e cantar sensibilizando-os para o conhecimento.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A Deficiência Intelectual na sala comum e na SIR

Pensei onde deveria escrever este relato, se no wiki, blog ou talvez no fórum de deficiência intelectual.
Optei por relatar aqui no blog, visto que meu estudo de caso tem relação com a palestra "A Deficiência Intelectual na Sala de aula comum e na sala especializada (SIR)" que assisti no sábado dia 20/06/09 com doutora Adriana Lima Verde (Fortaleza - CE)
A palestrante coloca que não se faz inclusão com práticas pedagógicas homogeneizantes. Devemos promover momentos de aprendizagem que levem a metacognição.Necessitamos proporcionar a pessoa deficiente intelectual a mobilização dos conhecimentos anteriores, perceber o tempo para o controle das tarefas.O professor deve ter uma gestão de sua sala de aula planejando atividades em duplas, em grupos heterogêneos, momentos individuais com a professora.Enfim, efetuar no dia-a-dia de sala de aula várias estratégias de aprendizagem.
A principal dificuldade da pessoa deficiente intelectual é em recordar o que ocorre quando não se mobiliza os bons indícios (caminhos) para acessar à consciência. O professor deve buscar associações, relações para ajudar o aluno a chegar na memória. Para os deficientes intelectuais, a memória a longo prazo não está disponível e ele junta seu esforço na reconstrução dessa unidade.Cada atividade apresentada para o aluno deve ser como se fosse a primeira vez, estes educandos necessitam de instruções para aprender a estratégia. O professor pode criar situações que possibilitem uma positiva relação com o saber.
Foi muito interessante que a professora da aluna T. deste ano estava na palestra e pode repensar um pouco sobre sua prática para melhor atendê-la.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Informática na Educação Especial

Gostaria de escrever como podemos em nossas escolas melhorar o nosso fazer pedagógico, o nosso pensar para de fato incluir os alunos com deficiência.Através da internet podemos encurtar distâncias e repensar os tempos nas interações, trocar saberes, conhecer novos amigos...
Para Vygotsky (1997) traz um conceito alternativo de que ninguém é deficiente por si só, mas sempre dentro de uma identificação social. Na verdade "o que define o destino de uma pessoa não é a deficiência em si mesma, mas suas consequências sociais". Esta fala do autor, faz refletirmos sobre as pessoas não como incapazes, nem ignorar suas particularidades.
Hoje devemos oferecer ambientes enriquecedores para todos os alunos e que vão além da aparência do sujeito. Devemos dentro das escolas desenvolver ambientes de aprendizagem que desenvolvam o potencial social e educacional dos alunos, como sujeitos que interagem socialmente, podemos possibilitar interações mais positivas e estimulantes, desafiando os alunos a buscarem novos caminhos e a se instrumentalizarem progressivamente para se inserir socialmente.
Não basta neste sentido apenas levar um grupo de alunos para o laboratório de informática, temos que oferecer uma proposta de trabalho que rompa com o tradicional, que não fique apenas no jogo pelo jogo! O professor deve conhecer minimamente os instrumentos tecnológicos, suas possibilidades para que possa propor atividades significativas aos alunos. O professor da turma , juntamente com o professor do laboratório de informática devem intervir pedagogicamente para uma verdadeira apropriação que levem a avanços cognitivos e sócio-afetivos do sujeito.
É importante aos professores conhecer as limitações ( físicas, sensoriais) dos alunos para promoverem melhor relação educando /educador / tecnologia para propriciar maior qualidade na aprendizagem.
Para dar como exemplo, o que estou escrevendo trabalhei um jogo chamado VERITEK ( no virtual) que consiste dois quadros. Um com os desenhos numerados (1 a 12) e o outro com as respostas também numeradas o aluno vai colocando o numeral do desenho onde está a resposta, ao final aparece um desenho geométrico que ajuda o aluno na auto-correção.Eu e meu novo aluno lemos as palavras juntos, separamos os animais do jogo por classes.... Sou professora do laboratório de aprendizagem e estou buscando na informática alternativas diverficadas para resgatar o desejo de aprender de alguns alunos. Este menino tem quinze anos e apresenta dificuldades na leitura, escrita de palavras e como ele gosta muito de informática achei a tecnologia como possibilidade de intervenção de suas capacidades

domingo, 7 de junho de 2009

Seminário Municipal de Educação - Cachoerinha

Estou participando do Seminário Municipal de Educação na cidade que resido e leciono. Tive na manhã de sábado a grata satisfação de conhecer o professor José Pacheco, ex-diretor da Escola da Ponte, em Portugal e juntamente com outros professores tive uma manhã rica em troca de experiências e em conhecimento.
O professor José Pacheco fez um breve relato do histórico da Escola da Ponte, onde o insucesso dos alunos era grande, os alunos não aprendiam, a maioria tinha entre 14 e 15 anos e os adolescentes batiam nos professores.
Atualmente a Escola da Ponte é uma referência de qualidade e valorização do conhecimento.
O professor fez provocações aos professores dizendo:-Na Escola da Ponte os pais dirigem a escola, não têm turmas, não tem aula, não tem grade curricular... A Escola é lugar de trabalho, é um lugar onde se aprende, têm regras, direitos e deveres. Não há nada nas salas de aulas que seja realizado pelos professores. Todos os cartazes são realizados pelos alunos.
Criança faz perguntas! A partir das perguntas das crianças elaboramos projetos de aprendizagem e os grupos são formados pelo interesse no assunto.Quando a criança faz perguntas o professor responde:-O que tu achas? A criança sempre tem uma hipótese para sua dúvida.
A afetividade e a heterogeneidade são questões primordiais no grupo de trabalho. Eu aprendo com quem sabe outras coisas. No grupo sempre há um aluno que necessite maior atenção dos professores por apresentar alguma deficiência.
As condições para o professor dar aulas são nunca estar sozinho, a aula não deve ser solitária e sim solidária! Não existe professor único para cada turma, existe um grupo de professores que mediam conhecimento a um grupo de alunos que escolhem o que vão aprender.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Educação Após Auschwitz

Acredito que uma civilização que queira evitar a barbárie, a opressão na educação, deve combatê-la desde cedo, isto é, na primeira infância.
Neste sentido o diálogo, o brincar, o jogo tem um valor para além do lúdico... Segundo Bruno Bettelheim: “nenhuma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha é motivada por desejos íntimos, problemas, ansiedades.” O brincar de uma criança é sua fórmula secreta que devemos acolher e respeitar mesmo se não a entendemos.
Outra questão importante que devemos manter na instituição é o espaço para a autoridade, sem o autoritarismo, sem a repetição. Construir regras com seus alunos e sempre que surgir o conflito mediá-los, deixar espaço para a criança resolver o problema, trabalhar em grupo dando oportunidade para as relações.
Mediar os conflitos quando estes surgirem são questões importantes para criar autonomia entre os estudantes. Segundo Wallon somos seres geneticamente sociais. Por isso o contexto escolar deve proporcionar o vínculo com o professor, os colegas, o diálogo e a troca de conhecimento entre os pares.
No texto, Adorno coloca que uma mentalidade sadia necessita de vínculos para que dê um paradeiro ao sádico, destrutivo, devastador... O vínculo do professor com a criança é extremamente importante para desenvolvermos bem a aprendizagem. Penso que o diálogo na escola deve ser sempre vivenciado, resguardado, aprimorado. .”O diálogo em si é criativo. Do ponto de vista humano, dialogar é essencial ao crescimento” (Paulo Freire)
O esporte e outras atividades pode ser uma saída na escola para resgatar o sujeito da marginalidade, principalmente em áreas de vulnerabilidade social, apesar de o autor colocar que pode ser algo ambíguo dependendo do indivíduo.
Em algumas modalidades pode ser agressivo em outras suscitar o cavalheirismo e consideração com o mais fraco. Uma experiência que tenho no município onde leciono são as oficinas no turno oposto, onde os alunos podem escolher e se inscrever em oficinas de: violão, violino, coral, dança.
Este trabalho é desenvolvido em toda a rede municipal não para formar músicos ou dançarinos, mas para dar a chance de realizar na escola um momento prazeroso e de desenvolvimento de habilidades. Concordo plenamente com o autor quando diz: ”devem-se combater, antes de mais nada, aqueles costumes folclóricos , rituais de iniciação de qualquer forma, que causam dor física...como prêmio de pertencer a uma coletividade”.
Além de combater os rituais de iniciação, os trotes, o bulliyng na escola devemos ter em mente que isto pode ser o início da violência-nacional socialista. Em hipótese alguma devemos ser coniventes, por exemplo, com o bulliyng porque o sujeito reprimindo a dor, o medo, tentará repassar a outro. A escola deve combater a dor e a capacidade de suportá-la, através do diálogo com professores, orientadores e de projetos na escola que deixe nos permitir falar e ter medo.

Estamos atualmente supervarolizando as tecnologias, a internet, tornando a educação algo mecânico. A educação, na minha opinião vai ser sempre algo humano, onde a troca de conhecimentos se dá de uma forma socializada entre professor, aluno, pais, comunidade em geral. A tecnologia é um recurso para aprimorar o conhecimento, facilitar a aprendizagem e não um fim em si mesmo.
Devemos combater na escola a falta de identificação. A história de vida do sujeito deve ser conhecida pelos professores para que a instituição não contribua psicologicamente para o retorno de Auschwitz.

domingo, 24 de maio de 2009

Jogos na Alfabetização




Neste sábado participei do Curso: Jogos na Alfabetização, na Editora Projeto, com a palestrante Arlette Mabilde. Tive duas surpresas bem legais, encontrei minha ex-colega de escola e outras duas colegas do PEAD a Rosali e a Madalena.
Leciono numa escola Municipal, onde atualmente atuo no laboratório de aprendizagem e recebemos na escola um menino com dislexia,ele tem catorze anos e ainda não consegue ler e escrever. Fui em busca de alternativas para intervir com este educando. Acredito que os jogos na alfabetização, usando como recurso o computador, irão auxiliar este aluno ,assim, como todos os alunos que ainda estão em processo de construção de leitura e escrita.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Aula Presencial de Étnico Racial

Adorei a aula de hoje de étnico racial! Pudemos refletir sobre as atividades realizadas até o momento. O professor questionou que muitos de nós admitimos que somos uma mistura de raças, porém logo em seguida "colamos" em uma raça que achamos superior ou o lado de nossos ancestrais que apresenta maior poder e melhores registros antigos.
Quem é professor deve conhecer as histórias de seus alunos.Quando um aluno nosso diz: - Sou meio branca, meio preta!É uma frase ótima para a discussão racial, reflexão dos nossos cruzamentos de raças e pertencimentos familiares.
Quanto a atividade mosaico além de ter sido criativa, mostrou a diversidade de raças que temos em sala de aula. Chegaremos num tempo em poderemos fazer um mosaico de cores de pele do nossa turma, de nossa cidade!!
A escola deve abordar o tema étnico racial como conhecimento, como aprendizagem. As aprendizagens também dizem rspeito a crenças e valores tanto dos a sentimentos, auto estima, auto imagem tanto de alunoscomo de professores.
Auto imagem - "É o quadro que a pessoa faz de si; é a chave que ela tem para compreender seucomportamento e a consistência que ela oferece" ( Mosquera,1974, pág.42)
Auto estima- "Decorre de uma atitude positiva ou negativa perante um objeto particular. Este objeto é o si mesmo. Auto estima é o que cada pessoa sente por si"
A auto imagem e auto estima tem haver com aprendizagem. Quando a pessoa não lida bem com isso sua tendência é "regredir" nos conhecimentos. O professor deve preparar atividades que oportunizem aos alunos questões de auto imagem, auto estima tentando fazer um resgate de valores e sentimentos do sujeito.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Transformação de Massas

Eu e a Sabrina fizemos o teste de transformação de massas em duas crianças Cauã de cinco anos que não conseguia explicar porque a massinha quando transformada em salsicha era tinha mais massa. Cauã com sua expressão "quando fica bolinha tem mais massa, quando fica bolachinha recheada" amassadinha tem menos massa.Suas afirmações mostram que ainda está no estágio pré-operatório porque não consegue aceitar a igualdade das massas.
Fizemos o teste em Gabriela que tem 11 anos que oscila nas suas afirmações em alguns momentos acredita que as massas não têm o mesmo tanto ( mesma quantidade) e em outros momentos acredita que quando dividimos as massas em três partes iguais elas têm o mesmo tanto.( mesma quantidade). As afirmações de Gabriela mostram que ela está no processo operatório concreto porque consegue aceitar as igualdades de massas.
Aprendi hoje com a professora Simone, de psicologia a contra argumentar com a criança. No caso de Cauã por exemplo, devo dizer:"fiz com um amigo teu e ele disse que bolachinha tem mais massa! O que tu achas disso?!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Adorei o Filme "O Clube do Imperador"

O professor Hundert prepara as perguntas para o Concurso Julio Cesar e percebe que um dos finalistas, o aluno Sedrick Bell está colando ao responder as perguntas sobre história antiga. Na verdade este aluno não deveria ter ficado entre os classificados para o teste final, mas o professor quis dar lhe uma chance de mostrar que estava melhorando cognitivamente e, seu comportamento. O professor fala para o diretor que pede que ignore o fato do aluno estar colando. Quando termina o concurso o adolescente vai até a sala do professor e mostra as colas na túnica, perguntando por que não o delatou. Será que o fato de eu ser o filho do senador não te influenciou?
O professor estava passando no corredor e vê o aluno Sedrick tentando convencer a bibliotecária a burlar a regra de levar livros para o quarto. O professor acredita que o aluno vai dedicar-se ao estudo e o ajuda a conseguir o livro.
O professor Hundert tinha duas perguntas finais que poderia fazer. Como percebeu que o aluno estava colando mudou a pergunta na hora e quem ganhou o concurso foi um aluno que realmente tinha empenhado-se e estudado as questões.
Quando o professor percebe que Sedrick estava colando lembrou-se da chance que lhe deu ao desclassificar outro aluno, de ter ajudado a burlar a regra de retirada do livro. Neste momento a maneira mais acertada de corrigir foi mudando a pergunta para que Sedrick não acertasse a resposta.
Apesar de o professor tentar ajudar Sedrick dando-lhe a chance de participar do concurso, o mesmo não aproveitou da melhor maneira esta oportunidade. O professor sentiu-se fracassado com este aluno e culpado por ter desclassificado outro aluno que jamais tentou descumprir regras.
Acredito que a decisão do professor não foi correta. Assim que percebeu que o aluno estava colando deveria ter parado o concurso, anunciado a todos este fato e dado a chance para que o verdadeiro concorrente entrasse na disputa.
Após vinte e cinco anos o mestre admite ao aluno (Martin) que errou, que na verdade ele foi classificado para o concurso. Martin mesmo sabendo disto coloca seu filho para estudar na escola onde o fim depende do começo. Este é o lema do colégio de rapazes St. Benedict’s.

Professores e alunos fazem trilha para conhecer melhor a Cultura Afro e Indígena


Túnel de Sensibilização da Cultura Indígena




Minha Escola faz semana de atividades sobre Cultura Indígena

A Escola Castro Alves procurou fazer uma semana de atividades sobre a Cultura Indígena.Iniciamos a sensibilização pelos professores com Hora de Estudos sobre a cultura Afro e Indígena.As oito turmas da escola passaram por uma sala temática em um trabalho de conscientização sobre a cultura indígena.Os alunos da quarta série que participaram no meio da manhã. Quem orientou a passagem dos alunos pela pequena exposição montada em uma das salas de aula foi a supervisora Maria José.Ela explicou aos alunos que os índios foram os primeiros habitantes do território nacional. A supervisora comentou que os índios são os 'verdadeiros donos" destas terras.A supervisora comentou que o estudo da cultura indígena faz parte do currículo das escolas municipais.
Para os pequenos estudantes da Castro Alves, os professores fizeram alguns murais.Um deles trazia sugestões que retratasse um pouco da história indígena. Também foram apresentados trabalhos realizados por ex-alunos onde gravuras contando a trajetória indígena no Brasil eram mostradas.Para que os estudantes pudessem ter um contato mais efetivo com a população indígena foram produzidos uma série de materiais que estava disposta como exposição. Os pequenos estudantes de uma pequena simulação de uma trilha na mata, onde os professores elaboraram um corredor como se fosse parte da floresta onde a população vive.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O Dilema do antropólogo

Acredito que a verdade deva prevalecer em qualquer circunstância, se eu não disser a verdade estarei indo contra o que penso, devemos ser verdadeiros e francos, mesmo nas situações mais difíceis da vida.
Talvez a maior mentira do antropólogo não fosse concordar com os nativos que ele seria um deus. Acredito que a maior mentira tenha sido para ele mesmo pois quando chegou em meio aos nativos e sua cultura, com sua pele branca, sua roupa diferente, provavelmente com vários acessórios (caneta, relógio, cadernos de anotações, carteira...), sua presença já foi uma uma interferência na cultura dos nativos.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Leis de Educação Especial

"A aprendizagem, por sua vez, está profundamente relacionada ao crescimento, não existe possibilidade de crescimento sem aprender. Para aprender, não basta só ouvir, mas ESCUTAR. Para que o olhar possa transformar-se em VER e o ouvir em ESCUTAR, o intervalo estabelecido entre eles necessita ser preenchido pela nomeação possibilitada do pensamento.” (Furlanetto – Compreender e Ensinar)


Coloquei o pensamento acima de Furlanetto, para pensar um pouco na realidade de minha escola. Trabalho há treze anos na EMEF. Castro Alves, município de Cachoeirinha. Temos atualmente 180 alunos distribuídos nas seguintes anos/séries. Um pré B com alunos oriundos de creche na faixa etária de 5 anos Um primeiro ano com alunos na faixa etária de 6 anos, dois segundos anos( antiga primeira série), um terceiro ano, um quarto ano e uma quarta série.Uma turma de progressão criada ano passado, atualmente com onze alunos todos com defasagem idade/série.Na turma de progressão temos uma aluna que acompanho desde o ano passado, pois como já relatei anteriormente atuo no laboratório de aprendizagem e sempre que possível nas reuniões internas falava da aluna T. que fora encaminhada para mim e que não estava conseguindo atingí-la. Em parceria com o SOE de minha escola investigamos sua vida escolar anterior. Estudou conosco no primeiro ano, depois a família transferiu-se para o município vizinho e a menina estudou seis anos na mesma escola, onde freqüentou o laboratório de aprendizagem. Parece-me somente com previsão de entrada. Chegou para nós na terceira série com dificuldades de relatar fatos com sequência lógica, conservação, seriação, tempo, reversibilidade... Fizemos encaminhamento para triagem na SIR ( sala de integração e recursos) e atualmente a aluna está na turma de progressão e atendida na SIR.
Temos outro caso de do aluno E.O aluno foi matriculado no ano de 2008 no primeiro ano e tão logo percebido pela professora ter deficiência, apresenta transtorno global do desenvolvimento, o SOE chamou-se os pais e foi encaminhada ficha de triagem para a SIR ( sala de integração e recursos). No ano de 2009 o aluno E. estuda no segundo ano do ensino fundamental de 9 anos e tem acompanhamento especializado.Segundo a professora da turma até o momento está acompanhando os objetivos propostos pelo ano. O que acontece com este aluno vem de acordo com artigo 24 que coloca que as pessoas com deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e possam ter acesso não só de direito, mas de fato em igualdade de condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem.
Se o que aconteceu com E., tivesse acontecido com T. sua defasagem de conhecimento/idade/ série seria bem menor. A aluna ficou vários anos, na mesma escola sem avanços de conhecimento, apenas foi dada a vaga na turma.
Inclusão é assunto sério, TODOS da escola devem estar envolvidos. Recentemente nossa escola fechou para interagir com Soraia Napoleão e todos da escola foram convidados para a palestra.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Adorei a Aula de Ed. Especial!

Relato de Minha Experiência em Educação Especial

Devo iniciar falando em minha caminhada na educação, neste ano completei vinte anos de magistério. Tive oportunidade e desejo de estudar mais sobre Educação Especial. Em 1990 comecei e terminei o curso de Adicionais em Deficiência Mental na UNILASALLE. No ano de 1991 fui convidada para assumir uma classe especial na Escola Pública Municipal. Naquele ano tive seis alunos nesta turma, somente um conseguiu no final daquele ano ser promovido para classe regular. Sentia que mesmo com a formação estava despreparada para atuar com mais qualidade, faltava também apoio e suporte para que eu pudesse desenvolver melhor meu trabalho.
Durante estes anos que leciono em classe regular recebi alguns alunos oriundos de Escola Pública Especial. O primeiro e mais marcante foi o Rodrigo que veio para mim na terceira série, um menino, querido, com dificuldades motoras ampla, fina, de compreensão e produção textual...
No final do ano letivo ele conseguiu atingir o mínimo dos pré-requisitos da série e foi promovido para a quarta série. Hoje ele trabalha em cooperativa do município que leciono e terminou de criar sua irmã, pois seu pai faleceu. Na época que foi meu aluno sua mãe já era falecida.
Recebi alguns anos depois o Pedro (oriundo também de Escola Especial) com dificuldades na fala, escrita, leitura, interpretação, cálculos, produção textual... Um aluno com o desejo de aprender muito grande, porém com muita dificuldade de compreensão. Nos dois casos (Rodrigo, Pedro) fui assessorada pela educadora especial da escola que eles eram ex-alunos. No final da terceira série o caso do aluno foi levado para conselho, toda a equipe pedagógica que atendia o aluno opinou que ele deveria ser promovido para a quarta- série. Na quarta-série ele repetiu muitos anos até que saiu da escola e foi para o EJA. No momento trabalha num supermercado da cidade.
Atualmente atuo pela manhã com o Laboratório de Aprendizagem, onde investigo o não aprender dos sujeitos, tento despertar-lhes o desejo de aprender e apontar suas possibilidades e a tarde leciono no Estado com uma terceira série. Recebi nesta turma um aluno com vários problemas de saúde, por ter nascido prematuro, entre elas baixa audição. A família diz que não tem condições financeiras de custear o aparelho. Estou buscando estratégias de melhor atendê-lo, pois o mesmo não se encontra alfabetizado. Acredito que esta interdisciplina possa me ajudar na busca de alternativas para melhor auxiliar as necessidades deste meu aluno
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