Encontro muitos elementos da didática de Comênio em meu cotidiano escolar. A principal delas é o respeito à capacidade de compreensão do aluno. Atuo no turno da manhã com os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, no laboratório de aprendizagem tenho que partir do que o sujeito sabe e tem facilidade de aprender para depois chegar ao conhecimento que ele ainda necessita de auxílio e intervenção do professor.
No planejamento de minhas aulas, para a terceira série que atuo no turno da tarde, procuro mesclar atividades que exijam menor e maior concentração das crianças. Planejo músicas para ensinar a tabuada, alguns conteúdos de ciências, jogos para aprender as quatro operações, memória para fixar conteúdos de português... Assim, acho que não sobrecarrego minhas aulas e estou cuidando da motivação de meu aluno.
No laboratório de aprendizagem que atuo pela manhã minha primeira preocupação é construir um vínculo como aluno para depois partir para o resgate de conhecimento. Com minha terceira série promovo algumas brincadeiras que ajudam na interação aluno-aluno e relação professor-aluno cuidando assim do bom relacionamento de todos.
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3 comentários:
Olá, Adriana! Me parece que planejas bem qual conteúdo, que tipo de intervenção, qual reação poderás ter e quais métodos serão mais eficazes para que a motivação do aluno apareça durante as atividades, não é mesmo? Abraço, Anice.
Oi Adriana, estava lendo no teu portfólio de aprendizagem as “Contribuições de Comênio” escritas por ti e queria te convidar a pensar sobre uma questão que me ocorreu. Comênio viveu em um período histórico de transição da Idade Média para a Idade Moderna em que se questionava a vinculação entre ciência e religião. Esse período caracteriza-se pela produção de novas teorias (modernidade remete a idéia de novo) que têm a perspectiva de fornecer explicações para os fenômenos a partir de uma ordem universal não contextualizada. Nesse sentido, podemos dizer que as idéias de Comênio marcam o surgimento do pensamento pedagógico moderno ao buscar criar um método universal que possibilitaria ensinar tudo a todos. No relato da tua prática observo que procuras utilizar diferentes estratégias metodológicas cujo estruturante é o sujeito educando. Então, me parece que aí tu buscas contemplar diferentes tipos de intervenção que podem gerar aprendizagem. Este é o desafio da didática, que já estava presente nas idéias de Comênio e, por isso, nos parece familiar e contemporâneo: pensar a relação do ensino-aprendizagem de forma que “professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais", ou seja, produzir estratégias de ensino que convidem todos os alunos a serem autores de si e de seus conhecimentos. É mais um convite a luta... Grande abraço! Professora Caroline.
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