quarta-feira, 17 de junho de 2009

Informática na Educação Especial

Gostaria de escrever como podemos em nossas escolas melhorar o nosso fazer pedagógico, o nosso pensar para de fato incluir os alunos com deficiência.Através da internet podemos encurtar distâncias e repensar os tempos nas interações, trocar saberes, conhecer novos amigos...
Para Vygotsky (1997) traz um conceito alternativo de que ninguém é deficiente por si só, mas sempre dentro de uma identificação social. Na verdade "o que define o destino de uma pessoa não é a deficiência em si mesma, mas suas consequências sociais". Esta fala do autor, faz refletirmos sobre as pessoas não como incapazes, nem ignorar suas particularidades.
Hoje devemos oferecer ambientes enriquecedores para todos os alunos e que vão além da aparência do sujeito. Devemos dentro das escolas desenvolver ambientes de aprendizagem que desenvolvam o potencial social e educacional dos alunos, como sujeitos que interagem socialmente, podemos possibilitar interações mais positivas e estimulantes, desafiando os alunos a buscarem novos caminhos e a se instrumentalizarem progressivamente para se inserir socialmente.
Não basta neste sentido apenas levar um grupo de alunos para o laboratório de informática, temos que oferecer uma proposta de trabalho que rompa com o tradicional, que não fique apenas no jogo pelo jogo! O professor deve conhecer minimamente os instrumentos tecnológicos, suas possibilidades para que possa propor atividades significativas aos alunos. O professor da turma , juntamente com o professor do laboratório de informática devem intervir pedagogicamente para uma verdadeira apropriação que levem a avanços cognitivos e sócio-afetivos do sujeito.
É importante aos professores conhecer as limitações ( físicas, sensoriais) dos alunos para promoverem melhor relação educando /educador / tecnologia para propriciar maior qualidade na aprendizagem.
Para dar como exemplo, o que estou escrevendo trabalhei um jogo chamado VERITEK ( no virtual) que consiste dois quadros. Um com os desenhos numerados (1 a 12) e o outro com as respostas também numeradas o aluno vai colocando o numeral do desenho onde está a resposta, ao final aparece um desenho geométrico que ajuda o aluno na auto-correção.Eu e meu novo aluno lemos as palavras juntos, separamos os animais do jogo por classes.... Sou professora do laboratório de aprendizagem e estou buscando na informática alternativas diverficadas para resgatar o desejo de aprender de alguns alunos. Este menino tem quinze anos e apresenta dificuldades na leitura, escrita de palavras e como ele gosta muito de informática achei a tecnologia como possibilidade de intervenção de suas capacidades

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Interessante, Adriana. No fim, acabaste utilizando o jogo, no entanto foste além e não ficaste apenas "o jogo pelo jogo". Tentaste trabalhar a dificuldade daquele aluno, fazendo com que este supere determinados entraves. Abração, Anice.