domingo, 14 de setembro de 2008

Ensino de Teatro e Música Sim!


Li recentemente artigo publicado no jornal Zero Hora (06/07/08) com o título acima:"Ensino de Teatro Sim!", onde o professor Márcio Silveira dos Santos(mestrando em Artes Cênicas- PPGAC/UFRGS)fala do momento ímpar que nossa capital Porto Alegre vive sediando mais uma vez o Porto Alegre em Cena que prima pela qualidade de sua programação. O Porto Alegre Em Cena não se restringe apenas a apresentação de espetáculos mas também há atividades formadoras como seminários,oficinas de teatro atraindo inumeras pessoas.
Neste mesmo artigo ele fala sobre a aprovação pelo governo federal da inclusão da disciplina de música no currículo da educação básica, a lei nº11.769. Alguns especialistas manifestaram-se sobre a sobrecarga que as escolas seriam submetidas.
Quando leio algo deste tipo me reporto ao trabalho excelente que o município de Cachoeirinha vem desenvolvendo com o projeto Música-Ação-Inclusão (que me orgulho fazer parte) onde as escolas municipais oferecem no turno oposto aos das aulas oficinas de flauta,violão,teclado...Toda as escolas têm um Coro Infantil( sou regente do Coro Infantil Arco-ìris da Alegria), e isto não aconteceu por uma lei e sim por vontade de um grupo de professoras municipais que AMAM A MÚSICA de boa qualidade que acrescenta aos alunos valores e perspectivas...
O professor Marcio que é da área das artes lembra ainda àqueles que acham o ensino da música e do teatro uma sobrecarga às escolas que a lei 9.394/96 diz que o ensino das artes constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais(PCN), instrumento balizador dos projetos pedagógicos e da reflexão das práticas educativas diz que o teatro dá oportunidade para que a criança se aproprie "crítica e construtivamente dos conteúdos sociais e culturais de sua comunidade". A música na escola também cumprirá este papel integrador, social e cultural. Aliás, já vem cumprindo no município de Cachoeirinha. Em recente Feira do livro organizada na EMEF. Castro Alves que sou professora e regente do Coro, tivemos prova concreta e animadora da importância da música na escola. Nos dias 12/09 e 13/09/08 passsaram por lá os Coros Infantis "Pequenos Brilhantes" da EMEF. Carlos A. Wilkens, a professora Marisol como regente , a pequena orquestra da EMEF. Getúlio Vargas com o professor Dimi como regente e o Coro Arco-Íris da Alegria, com a professora Adriana regendo. Abrilhantando mais a nossa Feira do Livro tivemos apresentção da excepcional orquestra de Flautas da Escola Vila Lobos - localizada em Porto Alegre e regida pela professora Cecília. Por fim quero dizer que CONCORDO PLENAMENTE COM O ENSINO DE TEATRO E MÚSICA NAS ESCOLAS!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Gestão democrática na e da escola: concepções e vivências

Em uma perspectiva democrática toda a comunidade em torno da escola escolhe seu Diretor e Vice através do voto. Todos os segmentos da escola participam desta votação: pais, professores, funcionários, alunos maiores de dez anos. Existem assembléias com representantes dos segmentos da escola e Conselho Escolar para elencar as prioridades da dimensão financeira, projetos que envolvam a comunidade a serem desenvolvidos no decorrer do ano letivo na escola.
Acredito ser os projetos de aprendizagem um dos elementos que liga todas as dimensões da instituição (financeira, administrativa e pedagógica) porque bons projetos e que envolvam interesses da comunidade local melhoram as relações dos pais com a escola.
Na escola municipal tenho uma carga horária de 20 horas semanais trabalhamos com projetos de aprendizagem, temos horas de estudos quinzenais e planejamento sistematizado. O projeto político pedagógico é revisto a cada três anos, ao final de cada trimestre é feito um parecer descritivo do aluno com as ações realizadas pelo professor e cada setor da escola. A escola oferece no turno inverso projetos onde os alunos podem inscrever-se gratuitamente como: coral, brinquedolândia, segundo tempo. Temos repasse de verbas municipal trimestral e federal anualmente.
No município quando temos alguma dúvida ou questionamento podemos consultar o Conselho Municipal de Educação. Há poucos dias fizemos uma consulta sobre um aluno com um laudo do psiquiatra que quando se ausenta da escola, deverá ter as faltas justificadas. Outra consulta que fizemos é o numero máximo de alunos numa turma de inclusão.
Na escola estadual tenho uma carga horária de 22 horas semanais, trabalhamos com listagem de conteúdos, a listagem foi revista em 2006, não temos horas de estudos, e o planejamento faz-se sem uma periodicidade determinada. Ao final de cada trimestre os alunos recebem uma nota que somando os três trimestres deverá somar 60 pontos ou mais. As duas escolas são organizadas por série, localizam-se no mesmo bairro da cidade de Cachoeirinha. Tenho de cumprir nas duas escolas duzentos dias letivos, oitocentas horas anuais. Lei estas estabelecidas no âmbito federal.
Na minha opinião é competência do sistema estadual viabilizar a construção de novas escolas públicas, verificar a oferta e procura de vagas nas escolas estaduais. Lamento que não fossem definidos os níveis prioritários de atuação dos estados.
Ainda estamos longe de os sistemas trabalharem parceria, um exemplo disto, é a mãe de um aluno meu que têm quatro filhos e cada um está matriculado numa escola diferente e longe de casa. Os sistemas municipais, estaduais deveriam de fato trabalhar lado a lado, em parceria, assim ocorrendo menos discrepâncias no acesso a escola, na forma de desenvolver as disciplinas, e no sistema de avaliação.
...”A participação de todos os componentes da comunidade escolar nos processos decisórios e a existência de um amplo processo de informação em que todos tenham conhecimento do ocorre no interior da instituição e nas suas relações externas.” Percebo nas duas escolas a diferença de participação da família, numa é evidente a participação na gestão porque a escola está sempre aberta para ouvir os pais nas assembléias, nos eventos, reuniões de avaliação. Na outra escola poucos participam da escola vão somente a reuniões de avaliação e alguns pais participam do Conselho Escolar.


Referências Citadas:
Hora, Dinair Leal da Democracia, Educação e Gestão Educacional na Sociedade Brasileira Contemporânea.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Identidade x Confusões de Papéis

Acontece um redespertar do “romance familiar”;
O adolescente procura na turma ou num parceiro romântico aspectos de sua identidade;
O que a turma diz ou os amigos mais próximos são mais “ouvidos” do que as pessoas de sua família;
Os adolescentes são críticos, idealistas e necessitam realizar atividades sociais;
Apresenta muitas “dúvidas” do quer ser profissionalmente;
Quando o adolescente consegue um equilíbrio entre seus estágios de humor, impaciência, cabeça para solucionar problemas e participa de atividades interessantes que os envolva terá uma adolescência tranqüila e estará pronto par entrar na vida adulta;
Se ao contrário o adolescente, o pré-adolescente não teve preservado as suas iniciativas de autonomia, indústria... Entrará na adolescência com dificuldades e complexo de inferioridade...
Conheci uma adolescente que os pais separam-se nesta fase (o pai sumiu por dez anos), ela entrou nesta fase com muitas dúvidas, depressão e procurava relacionar-se com pessoas mais velhas para compensar a “falta” que sentia do pai.