quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Análise do plano de Aula de Linguagem- Consciência Negra

1.Para o planejamento, você escolheu um tema a ser desenvolvido. Qual é a importância deste tema para os seus alunos, isto é, para o grupo para quem planejou, no dia de hoje? É um tema de que os alunos precisam hoje para resolver algum problema concreto? Para satisfazer alguma curiosidade? Este tema escolhido é importantíssimo, pois resgata a identidade, os valores de uma das etnias que formou a população brasileira os afro-descendentes, que foi muito discriminada no passado no nosso país e que luta pelos seus direitos até os dias de hoje.

2.Qual a relevância do tema escolhido para os alunos no futuro? Em que o tema vai contribuir para a vida dos alunos? O tema poderá ajudar os alunos a serem sujeitos que no futuro se relacionem bem com todas as pessoas, que escolham suas amizades pelo caráter do sujeito e não pela sua cor, percebendo talvez uma educação que valorize o respeito ao próximo e as diferenças.

3. Qual é o acesso que os seus alunos têm ao tema? O que eles já sabem sobre o tema? Onde o tema aparece no cotidiano dos alunos? O que pode motivá-los a trabalhar com este tema?
A diversidade de etnias aparece no cotidiano de nossas turmas. Percebo que os alunos afro-descendentes são muitas vezes deixados de lado na escola por não pertencerem ao padrão de beleza que mostra a mídia. Noto também que algumas meninas brancas não se entrosam com as meninas afro-descendentes porque não as acham inteligentes, às vezes não querendo fazer trabalho em grupo com elas. A ideia que traz a história de uma menina brasileira se comunicar com um menino africano através de um telefone de lata aproxima as duas etnias promovendo curiosidade e também a vontade de conhecer melhor este povo.

4. De que forma esta atividade planejada se relaciona com outras disciplinas além da linguagem? Quais são elas? Esta atividade planejada se relaciona com os temas transversais que são: ética, pluralidade cultural e orientação sexual. As disciplinas que se relacionam são História e Geografia.

5. O tema escolhido poderia ser um tema desencadeador para desenvolver um projeto mais amplo e interdisciplinar? Seguindo as etapas como os projetos são desenvolvidos, o que você teria que fazer antes de explorar o tema da forma prevista? E o que você teria que fazer depois?

Claro que este tema poderia ser o desencadeador de um projeto mais amplo, principalmente porque contempla os temas transversais. Anteriormente teria que trabalhar sobre o motivo que os povos africanos chegaram ao Brasil, a vida culturalmente complexa na África desde antes da mercantilização e escravidão. Depois teria que trabalhar sobre os mecanismos de resistência desenvolvidos pelos africanos escravizados e seus descendentes e as maneiras criativas de sobrevivência na sociedade escravocrata e nos quilombos. A escola deve fazer pensar: O que significou a experiência da escravidão para a população de índios e negros?

6.Agora, imagine um encontro seu com os pedagogos Célestin Freinet e Maria Montessori. Quais sugestões Freinet daria a você para desenvolver este projeto? E quais ideias teria Maria Montessori?
Adoraria conhecer Celestin Freinet e com certeza ele me daria como sugestão trabalhar com a imprensa escolar dos textos dos alunos contando sobre a vida no Brasil e com a correspondência inter- escolar onde os alunos vão se corresponder com os alunos das outra turmas de 4º ano contando suas aprendizagens sobre os afro-descendentes demonstrando uma pedagogia mais cooperativa. É claro que antes eu irei conversar com as professoras das outras turmas de 4º ano para ver quem será a dupla de cada aluno.
Maria Montessori me daria como ideia criar histórias matemáticas sobre os afro-descendentes e usar como recurso para resolvê-los o multi- base ou material dourado.

Bibliografia: Temas Transversais- PCN- volume 10

Aqui estou analisando o plano de aula que realizei na disciplina de Linguagem e Educação. E postei no dia 15/11/09 no Blog. As seis perguntas foram elaboradas pela professora Caroline da disciplina de Didática, eu respondi e achei interessante colocar no Blog, pois as perguntas ampliam meu trabalho de Linguagem e aprofundam meu planejamento segundo os teóricos Freinet e Maria Montessori. Escrevi esta parte de cor diferente porque estou explicando o propósito de minha postagem.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

As instituições sabem ensinar os surdos?

Em nossa sociedade temos muitas dificuldades em aceitar o que foge dos padrões, o diferente pode ser considerado anormal. Vivemos num mundo de muitos preconceitos onde os idosos não são respeitados pelos jovens, onde os afro-descendentes lutam até hoje para serem respeitados e terem os mesmos direitos dos brancos.
Não seria diferente em relação a comunidade surda onde o planejamento das atividades muitas vezes são realizadas por ouvintes e portanto não consegue utilizar a melhor maneira de aprimorar o conhecimento, a linguagem dos sinais levou mais de cem anos para ser respeitada como uma forma adequada de aprendizado.
O filósofo existencialista Jean Paul Sartre diz: “o importante não é o que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós” Sartre chama atenção para a capacidade do ser humano se aprimorar, superando por exemplo, uma educação que não valoriza o respeito ao próximo e as “diferenças”.
As escolas devem combater o preconceito racial, e a toda e qualquer tipo de discriminação com os sujeitos surdos ou ouvintes. Não estamos na escola apenas para transmitir conhecimentos e sim sermos solidários, aprendermos a cooperar, a dividir nosso conhecimento, ampliar nossa bagagem cultural convivendo e respeitando as diferenças de todos os sujeitos.

domingo, 15 de novembro de 2009

Consciência Negra

A professora usará um telefone de lata para chamar a atenção dos alunos para a comunicação entre Luci personagem brasileira e Xhosa menino africano que mora na Namíbia . Após os alunos perceberem que escutamos o que o outro diz no telefone de lata, a professora contará a história e mostrará cartazes com as ilustrações do livro. A menina Luci atira um telefone de lata no telhado, um tempo depois começa a se comunicar com Xhosa um menino africano que conta a ela como vivem os africanos, seus hábitos,costumes, suas histórias... Luci passa então, a se interessar pelo continente africano e começa juntamente com seus pais(Ilda e Luiz) a pesquisar sobre a sagrada mãe África.

2) Produção textual: Os alunos produziram uma história coletiva para o menino Xhosa como é viver no Brasil, o que as crianças gostam de brincar, o que fazem nas horas de folga, como estudam nas escolas, o que aprendem, que animais temos aqui...

2.1) objetivos: Produzir um texto coletivo para comunicar-se com o menino africano;
Ler o texto para os colegas para que cada grupo compreenda o que contou e corrija coletivamente as ideias;

2.2) organização da turma:Em grupos de cinco alunos;

2.3) organização dos materiais:Folhas pautadas,lápis, borracha...
2.4) desenvolvimento:Cada grupo escreverá para o menino africano como é viver no Brasil e após apresentarão para os colegas seu texto para que os grupos entendam o que cada grupo escreveu;

3) Jogo: Jogo de provérbios folclóricos ( brasileiros e africanos)

3.1) objetivos:Compreender que as frases são cadeias linguísticas, compostas por sequencias de palavras, através das quais transmitimos nosso pensamentos

3.2) organização da turma: Em grupos cada grupo receberá um provérbio em um cartão;

3.3)desenvolvimento: O professor lê um provérbio africano”Quem brinca com cão levanta-se com pulgas”(provérbio da Ilha de São Tomé), separando oralmente cada palavra da frase. Após os alunos lerão seus provérbios contando o número de palavras que compõe cada cartão.

4) Sistematização:

4.1) objetivos: Identificar os adjetivos no grupo de palavras;
Conceituar adjetivos juntamente com os colegas e a professora;

4.2) organização da turma: Em grupos de cinco alunos;

4.3) organização dos materiais:Cada grupo receberá fichas com um grupo de palavras;

4.4) desenvolvimento: Cada grupo receberá uma ficha com um conjunto de palavras e deverá descobrir qual é a palavra intrometida:

mesa,velho,livro,cadeira
africano,ferro,sofá,porta maravilhoso



escova,caneta,porta,brasileira
óculos,africano,pente,escova


Perguntas realizadas pela professora:

a)O que as palavras intrometidas de cada grupo africano, brasileira, velho e maravilhoso têm em comum?

b) Estas palavras dão qualidade a que? A quem?

c) Como podemos construir juntos uma regra para estas palavras?

sábado, 7 de novembro de 2009

Centro de Interesse ou Pedagogia de Projetos?

O trabalho por projetos é desafiador porque possibilita os alunos a aprenderem a partir de suas hipóteses ou problemas esta questão é importantíssima permitindo ao educador partir dos conhecimentos ou dúvidas que os alunos trazem a cerca do conteúdo a serem estudados. Como a organização dos projetos de trabalho busca a concepção de globalização as matérias não ficam isoladas, acontecendo a relação entre conteúdos e áreas do conhecimento oportunizando ao aluno um maior interesse em aprender e uma significação maior tornando o estudante mais consciente de seu processo de aprendizagem.

Percebo diferenças entre a pedagogia de projetos na educação infantil e nos anos iniciais. A principal diferença é que na educação infantil o trabalho é mais voltado para o centro de interesse tentando favorecer o conhecimento dos alunos, porém induzindo seus interesses para um conteúdo que faça parte do currículo a ser estudado.
Nos anos iniciais os professores buscam a globalização do conhecimento e os docentes procuram organizar os conteúdos numa sequencia lógica de ideias.
Em minha escola tanto a educação infantil como os anos iniciais trabalham por centro de interesses porque o tema escolhido faz parte do currículo a ser trabalhado e os professores costumam apresentarem o material a serem estudados e decidem a sequência da matéria e a relação entre as diversas fontes de informação.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Cantando e aprendendo na Feira do Livro - POA


Meus alunos do Coral "Arco-Íris da Alegria" foram na Feira do Livro - Poa para cantarem e aprenderem com a autora Lenice Gomes. Antes de irmos à feira contei suas históras a eles, os alunos tiveram encontro com a autora no palco, passearam pela feira, compraram livros... Letramento é também deixar a sala de aula e proporcionar às crianças oportunidade de contato direto com o livro e seus autores. Feira do Livro é um show de cultura e aprendizado!

Feira do Livro - Poa


Fomos assistir hoje a autora Lecine Gomes, moradora da cidade de Olinda-PE, pesquisadora do folclore brasileiro, criadora de vinte e dois livros de literatura infantil. Suas obras privilegiam as adivinhações, as parlendas, as rodas cantadas. Enfim, toda a cultura oral passada de geração em geração... Nos dias de hoje com o computador, a internet, celular estão conquistando nossas crianças e adolescentes, mas não podemos esquecer a importância das histórias contadas, da brincadeira com a palavra e da linguagem oral que deve ser valorizada em todas as regiões do Brasil.